8 de janeiro de 2009

Eleições 2009




Nesta altura do campeonato, é importante fazer uma análise ao tema do momento do meu Sporting: as eleições, os candidatos às eleições e o momento em termos directivos.

O ano 2009 vai ser rico em eleições. Iremos ter todos os políticos nas ruas e nas feiras à caça ao voto, altura única em que descem do cadeirão e se portam como os comuns mortais.
Mas, aqui na roulote está um frio do caraças, a cerveja gela as mãos (parece que tenho cubos de gelo nas pontas dos dedos). Falar de política a esta hora parece que ainda arrefece ainda mais o ambiente, por isso, nós queremos é falar de bola!
Ah... e temos a certeza que, mesmo perdendo, sairemos do estádio mais felizes do que se saíssemos da Assembleia da República.

O que importa mesmo são as eleições no nosso Sporting!
Para mim, estas eleições são das mais importantes na grande história do clube.
Soares Franco dará hoje, na RTP, uma entrevista onde se adivinha o anuncio da sua recandidatura a mais um mandato. Apesar de não ter tido uma performance perfeita, é a única personalidade do Sporting que teve (e continuar a ter, aparentemente) coragem para assumir o leme da SAD.
Os tempos são complicados: a recessão económica é uma realidade; o futebol Português não ajuda, dadas as receitas envolvidas; é complicado manter um equilíbrio entre as contas (base de sustentação para um crescimento contínuo) e a competitividade de um plantel capaz de ganhar títulos.

Filipe Soares Franco tem, como todos os mortais, vários defeitos. Não me atrevo a apontar-lhe defeitos pessoais (quem sou eu), mas gostaria de identificar alguns no que toca à sua gestão do Sporting Clube de Portugal:
- a gestão poderia e deveria ser mais transparente. Não quero com isto insinuar que FSF anda a esconder coisas ou a mentir aos associados, mas sim alertar que, apesar de existir uma SAD, o clube em si deverá estar sempre em 1º lugar. Como tal, não poderemos ter um presidente com um discurso tão empresarial como FSF tem, pois a grande maioria dos sócios do Sporting não entende as questões financeiras como ele expõe. Este facto influencia em muito as muitas dúvidas que assolam actualmente a massa associativa.
- de arrasto do ponto anterior, vem a demasiada valorização que se dá aos accionistas em deterimento do sócio do clube. Não nos esqueçamos que quem detém a maioria do capital da SAD é o Sporting Clube de Portugal (ou seja, os sócios). O sócio tem de continuar a ser o actor principal de todo este elenco.
- ainda por arrasto dos pontos anteriores, assistimos actualmente a uma manifesta falta de militância, tal como o próprio FSF admitiu recentemente. A este facto não está alheio todo este clima de dúvidas que paira no ar e o distanciamento que se está a provocar entre a SAD e os sócios do clube.
Juntando a esta receita já por si extensa os horários dos jogos, os preços dos bilhetes praticados e a crescente aposta das televisões, temos as causas da falta de militancias dos sócios.
- Uma outra causa que poderá explicar a falta de militância é a cada vez menor aposta nas modalidades amadoras, principalmente no que toca à inexistência de um Pavilhão do Sporting Clube de Portugal. Andamos sempre com a casa às costas, ainda por cima alugada...
Ainda assim, e apesar de continuarmos todos com um gostinho especial em relação ao ecletismo do clube, a malta gosta é de futebol. Se os problemas desta modalidade forem sendo resolvidos, a militância vai voltar ao que sempre foi: a melhor massa adepta do mundo.

Mas eu ainda tenho uma solução melhor para todos estes males: basta serem Campeões Nacionais esta época!


Mas nem tudo são defeitos. Aliás, vejo em FSF mais virtudes que defeitos (felizmente).

Além de ser o único com coragem de estar ao leme nestes tempos complicados, é a única personalidade do Sporting que apresentou um projecto para melhorar a performance do Sporting, principalmente no que toca à equipa profissional de futebol.
O projecto de FSF assenta em alguns princípios delineados por José Roquette, mas com alguns desvios importantes no que toca à visão e à forma de como atingir os fins.
As principais missivas do projecto de Franco são as seguintes:
- Base na formação da Academia Sporting
- Segurar os principais talentos na equipa principal, não perdendo permaturamente as pérolas do futebol como vinha acontecendo num passado não muito distante
- Estabilidade da equipa e do treinador
- Redução do passivo e, por conseguinte, conseguir algum desafogo em termos de tesouraria e assim conseguir aumentar o investimentos na equipa profissional de futebol;
- Custos controlados no futebol, matéria esta que considero fulcral para assegurar o futuro de qualquer clube.

Para estas eleições, não acredito que Soares Franco concorra sozinho. Neste momento existe uma grande agitação nos corredores de Alvalade e prefilham-se algumas possíveis candidaturas.
São conhecidas algumas vozes contestatárias a FSF: Dias da Cunha (que não irá encabelar qualquer lista, concerteza), Sérgio Abrantes Mendes (para mim não é credível, pois aquando das últimas eleições não apresentou nenhum projecto digno desse nome), Paulo Abreu, Rui Meireles, Isabel Trigo de Mira e Carlos Barbosa (para mim até aqui desconhecido), presidente do ACP. Muitos outros nomes já vieram à baila, mas nada de concreto até ao momento.
Outros movimentos têm levantado a voz. Os mais mediáticos passam pelo Leão de Verdade
(liderado por 3 ou 4 sócios jovens altamente contestatários das políticas de FSF), Associação de Adeptos Sportinguistas (sócios e adeptos anónimos do clube) e, o mais recente, mais relacionado com as eleições e de onde há alguma crença que possa vir a constituir uma verdadeira alternativa , Ser Sporting (continuaremos atentos aos próximos desenvolvimentos).

De uma coisa não tenho dúvidas: até que surja uma arternativa viável a FSF, irei apoiá-lo incondicionalmente.

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