16 de janeiro de 2009

A UEFA está atenta

O site da UEFA disponibiliza-nos um excelente artigo de opinião sobre o Sporting.
Além do regozijo de observar o reconhecimento da grandeza e da qualidade do Sporting Clube de Portugal, é de salientar que o comportamento da imprensa Portuguesa é similar [modo de cinismo activo].

Apesar da felicidade que sentimos ao ler estas palavras, o futuro do Sporting tem de ser mais que isto, mais do que uma visão de um produtor de talentos.
Neste momento somos a maior potência desportiva nacional, não tenho dúvidas.
Temos as contas equilibradas e um projecto equilibrado e com uma visão de futuro.
Apenas temos de dar o salto final em termos de qualidade e afirmarmo-nos como um dos grandes da Europa!

Aqui fica o dito artigo:

Sporting marca a diferença
Produzir futebolistas de talento ao longo dos anos parece nunca ter constituído problema para o Sporting, mas manter os diamantes no clube e aproveitar essa mais-valia para conquistar títulos é outra questão.

Academia reputada
Reconhecida por ter os melhores olheiros e treinadores no que ao futebol juvenil diz respeito, a reputada academia do emblema “verde-e-branco” moldou alguns dos mais habilidosos nomes do futebol português, nomeadamente extremos, numa lista actualmente liderada por Cristiano Ronaldo e que inclui Nani, Ricardo Quaresma e Simão Sabrosa, além de Luís Figo e Paulo Futre. Luís Dias, treinador da equipa de juvenis do Sporting, tenta explicar ao uefa.com a razão de o clube produzir tantos bons jogadores nas alas. “O nosso modelo privilegia o jogo com dois extremos”, disse. “Talvez seja por isso. Os outros clubes também trabalham bem, mas talvez não os consigam integrar tão bem no plantel profissional como o Sporting”.

Pragmatismo
Embora Quaresma tenha vencido o campeonato e a Taça de Portugal em 2001/02 e de Figo ter passado cinco temporadas no Estádio José Alvalade antes de rumar ao FC Barcelona em 1994/95, os jovens tornados estrelas que chegaram ao plantel principal não viverem os melhores dias das respectivas carreiras de leão ao peito. Por exemplo, Ronaldo actuou apenas uma época antes de se transferir para o Manchester United FC, no Verão de 2003. No entanto, a frustração de ver os génios por si desenvolvidos deixarem o emblema de Lisboa tem sido amenizada pelo dinheiro que as transferências proporcionam e esse é um dada que nunca poderá ser menosprezado.

Novos talentos
“É importante continuar a criar novos talentos como Ronaldo, Nani, [Miguel] Veloso, [João] Moutinho e uma série de outros jogadores que cresceram aqui”, refere Aurélio Pereira. O técnico e elemento do departamento de futebol juvenil há quase quatro décadas vai mesmo ao ponto de afirmar: “A sobrevivência do Sporting como clube de topo em Portugal e que participa regularmente na [UEFA] Champions League depende da capacidade de ‘produzir’ futebolistas cujos passes possam ser vendidos aos grandes clubes internacionais”. A sua visão pragmática é partilhada por Dias: “Era melhor se estivessem do nosso lado, mas é a lei do mercado”, admite, salientando os mais de 40 milhões de euros gastos pelos "red devils" em Ronaldo e Nani, este em 2007. “O Manchester United é mais forte financeiramente do que o Sporting”, acrescenta simplesmente.

Moutinho como referência
Tendo em conta esta evidência, a demanda do Sporting pela descoberta de novos futebolistas acima da média continua, mas algo parece estar agora a mudar. Depois da excelente fornada de alas, os adeptos sportinguistas crêem ter encontrado no médio e capitão João Moutinho – o mais novo de sempre no campeonato, quando tinha apenas 20 anos, na centenária história do clube – o filão a explorar, sem bem que o versátil Miguel Veloso esteja também na linha da frente para ser um dos próximos a rumar a outras paragens. Dias dá conta, precisamente, dessa mudança: “Não formamos só jogadores como eles [alas como Ronaldo, Nani, Quaresma, Simão, Luís ou Futre]. Hoje em dia, no plantel profissional do Sporting, estão muitos jogadores formados na nossa academia e com outras características”.

Oportunidade aos jovens
Depois do experiente defesa Marco Caneira e de outros jovens como o guarda-redes Rui Patrício, o avançado Yannick Djaló, o defesa/médio direito Bruno Pereirinha e o médio Adrien Silva, na calha aparece agora Daniel Carriço, defesa-central de 20 anos que entrou na academia leonina aos 11 e saboreou os primeiros momentos na mais importante prova de clubes da Europa na derrota caseira de 5-2 frente ao Barcelona, no final da Novembro, depois da estreia na Liga portuguesa. Enquanto a maioria dos clubes tende a suavizar a entrada de jovens na equipa, a aposta em Carriço, de 20 anos, num encontro tão importante – embora favorecida, na altura, pela onda de lesões no sector defensivo, nomeadamente no eixo – encaixa perfeitamente na filosofia do Sporting em dar oportunidade à gente jovem.

Factor de motivação
“O Sporting é um dos clubes que mais jovens lança na principal equipa de futebol”, afirmou Carriço numa entrevista ao jornal oficial dos “leões”, no início de Dezembro de 2008. E não tem dúvidas: “Ser formado no Sporting, por si só, já abre muitas portas”. Pereira, irmão de Carlos, um dos adjuntos de Paulo Bento no conjunto principal, completa: “O facto de o Moutinho ser capitão de equipa na sua quinta época consecutiva como sénior constituiu enorme motivação para a juventude”.


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